Cinema

“Ainda Estou Aqui” liderou as bilheteiras em Portugal no fim de semana de estreia

today20/01/2025

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O mais recente filme do realizador brasileiro Walter Salles, “Ainda Estou Aqui”, conquistou o público português e tornou-se o mais visto no fim de semana de estreia, atraindo 37.233 espectadores às salas de cinema. Os dados foram divulgados pelo Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA).

Entre quinta-feira e domingo, o filme destacou-se nas bilheteiras nacionais, ultrapassando grandes produções como “Mufasa: O Rei Leão”, “Sonic 3: O Filme” e “Vaiana 2”. Em exibição em 83 salas de cinema, “Ainda Estou Aqui” arrecadou 246.583 euros em receitas de bilheteira, confirmando o seu impacto junto do público.

Um retrato da memória histórica do Brasil

Inspirado no livro homónimo de Marcelo Rubens Paiva, “Ainda Estou Aqui” transporta os espectadores para o período da ditadura militar brasileira (1964-1985), contando a trágica história do político Rubens Paiva, que foi preso, torturado e morto. O filme explora também a resiliência de Eunice Paiva, ativista e esposa de Rubens, interpretada por Fernanda Torres, enquanto Selton Mello dá vida ao papel do político.

Para além de abordar os horrores da repressão e tortura, o filme celebra a coragem e determinação de Eunice, que lutou pela memória do marido e pela sua família, mesmo após a sua morte. A atriz Fernanda Montenegro, lenda do cinema brasileiro e mãe de Fernanda Torres, também integra o elenco, acrescentando ainda mais profundidade a esta obra cinematográfica.

Prémios e reconhecimento internacional

Desde a sua estreia no Festival de Veneza, no verão passado, “Ainda Estou Aqui” tem recebido elogios da crítica e acumulado prémios internacionais. Fernanda Torres foi distinguida com um Globo de Ouro de Melhor Atriz e o filme está nomeado para os Óscares, competindo nas categorias de Melhor Filme em Língua Não Inglesa e Melhor Atriz.

A estreia em Portugal consolida o sucesso global da obra, que não só relembra um capítulo marcante da história do Brasil, como também celebra o poder do cinema em transmitir histórias de resistência e esperança.

Escrito por Cordeiro

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