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Marco Paulo morreu hoje aos 79 anos, depois de uma longa e difícil luta contra o cancro. O estado de saúde do cantor agravou-se nas últimas semanas e a quimioterapia foi interrompida por “não estar a fazer efeito”. O cantor estava a lutar contra dois cancros, um no pulmão e outro no fígado.
O artista teve um primeiro cancro em 1996. Em 2020, Marco Paulo foi diagnosticado com um cancro na mama e, mais tarde, com um cancro no pulmão e no fígado. “O que eu tenho não é uma simples dor de cabeça ou uma perna partida… Infelizmente, é mais grave do que isso, mas tenho tentado manter-me forte. Sei que já venci outras doenças e espero vencer esta também”, disse o músico à revista Nova Gente no início de outubro.
“Maravilhoso Coração”, “Joana”, “Anita”, “Morena Morenita”, “Sempre Que Brilha O Sol”, “Taras e Manias” ou “Eu Tenho Dois Amores”. Quando estas canções tocaram pela primeira vez nas rádios portuguesas, ninguém imaginava que iriam perdurar mais de três décadas depois.
Apesar de nos ter deixado hoje, a voz e as canções de Marco Paulo (baptizado como João Simão da Silva) vão continuar na memória dos portugueses porque, afinal de contas, foi um dos cantores que mais discos vendeu na história da indústria da música nacional.
Nascido a 21 de janeiro de 1945, em Mourão, no distrito de Évora, fixou-se com a família em Alenquer, no distrito de Lisboa, no final dos anos 50, e depois no Barreiro, já na década de 60.
Na sua biografia conta que cantou pela primeira vez aos 11/12 anos, num casamento, tendo interpretado “La Campanera”, canção do repertório do cantor-menino espanhol Joselito, que aprendera de ouvido.
Com o EP “Não Sei/Estive Enamorado/O Mal às Vezes é Um Bem/Vê”, de 1966, o cantor deu início a uma das discografias mais longas e comercialmente bem sucedidas da música nacional, contando mais de 70 discos editados e cerca de quatro milhões e meio de exemplares vendidos.
Só em 1978 é que surge a primeira conquista nos tops nacionais com “Canção Proibida”/”Ninguém Ninguém”, vendendo mais de 85 mil cópias, tornando-se no primeiro disco de ouro do artista. Em 1979 conquista um novo disco de Ouro com o single “Mulher Sentimental”. Em dois anos conseguiu dois discos de ouro e três de prata.
Um ano depois, em 1980, o single “Eu Tenho Dois Amores”, torna-se no seu maior êxito ao vender mais de 195 mil discos (3 discos de Ouro e 1 de Prata). Em 1981, edita “Mais, Mais e Mais Amor”, que deu ao músico disco um de prata e dois de ouro, com 130 mil discos vendidos.
Seguiram-se os álbuns “Romance” e “Sedução”. Em 1988 edita o disco “Marco Paulo” e o single “Joana”, que conquistou o galardão de Disco de Ouro em apenas uma semana. “Sempre Que Brilha O Sol”, também editado em 1988, foi também um dos dos grandes êxitos do cantor.
Distinguida através de mais de cem galardões de platina e ouro, a sua carreira foi deixando êxitos como “Maravilhoso Coração”, “Joana”, “Anita”, “Morena Morenita”, “Sempre Que Brilha O Sol”, “Taras e Manias” ou “Eu Tenho Dois Amores”, esta última, apesar de ser um dos maiores sucessos de sempre da música popular portuguesa, estava longe de ser das preferidas do cantor, que revelou que só a interpretava na maioria dos concertos para não defraudar o público.
Em 2007, Marco Paulo decidiu dar uma pequena reviravolta na sua carreira, editando o primeiro disco apenas com temas originais e com produção de Ramon Galarza. No ano seguinte, reuniu os sucessos da sua carreira em “O Melhor de Mim”, disco que liderou o top de vendas nacional.
Nos últimos anos, em 2015, editou o disco “Diário”, alcançando dois discos de platina – os temas de maior destaque foram “O que é que fazes esta noite” e “Além da Cama”.
Além dos discos, o percurso de Marco Paulo também ficou marcado por várias participações no Festival RTP da Canção, iniciadas em 1967, com “Sou Tão Feliz”. Na fase inicial da carreira colaborou com Madalena Iglésias, antes de ser cantor profissional, ou Simone de Oliveira, com quem assinou uma versão de “Somethin’ Stupid”, de Frank Sinatra.
Entre outras versões que interpretou constam ainda temas ao lado de músicos do Quarteto 1111, de “I Just Called to Say I Love You”, de Stevie Wonder (“Só Falei Para Dizer Que Te Amo”) ou de várias canções de Roberto Carlos no álbum “Amor Sem Limite”, de 2004. O disco “Marco Paulo”, de 2007, destacou-se por ter sido o primeiro apenas com composições originais.
Na década de 1990, o cantor foi também apresentador do programa “Eu Tenho Dois Amores”, na RTP, sucesso de audiências com mais de 90 edições, em 1994, e dois anos depois conduziu “Música no Coração”, no mesmo canal. Anos mais tarde passou para a SIC onde apresentou, ao lado de Ana Marques, o programa “Alô Maco Paulo”, que ainda se encontrava no ar até ao seu falecimento.
Marco Paulo vendeu milhões de discos, gravou mais de 70 álbuns e EP’s, tendo sido galardoado com dezenas de galardões de platina, ouro e prata, um disco de diamante por vendas recorde, até hoje não ultrapassadas no nosso país, e o reconhecimento do público e critica com a atribuição de um Globo de Ouro/SIC por Mérito e Excelência.
Em 2015, o músico celebrou 50 anos de carreira com concertos no Coliseu do Recreios, em Lisboa, e no Coliseu do Porto.
Escrito por Cordeiro
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