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Música

Pela primeira vez em 35 anos, o rap desaparece do top 40 da Billboard

today03/11/2025

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O impensável aconteceu: pela primeira vez desde 1990, o rap não tem qualquer canção no top 40 da Billboard Hot 100, o principal barómetro das vendas e streams nos Estados Unidos.

O último tema do género a marcar presença foi “Luther”, colaboração entre Kendrick Lamar e SZA, que chegou a liderar a tabela durante 13 semanas. Atualmente, o tema de rap melhor posicionado é “Shot Callin’”, de YoungBoy Never Broke Again, que ocupa o 44.º lugar.

A última vez que o rap esteve ausente do top 40 foi a 2 de fevereiro de 1990, quando “Just a Friend”, de Biz Markie, se encontrava na 41.ª posição — dando início a 35 anos de presença ininterrupta do género nas principais tabelas americanas.

Mudanças nas regras e pausa das grandes estrelas

Mais do que um sinal de declínio criativo, a ausência pode ser explicada por novas regras implementadas pela Billboard a 25 de outubro. De acordo com o site norte-americano Stereogum, as canções em trajetória descendente passam agora a ser removidas após ultrapassarem um determinado número de semanas no top.
Por exemplo, uma faixa que esteja há 26 semanas e desça para além do 25.º lugar é automaticamente retirada.

Ainda assim, os números mostram uma tendência de queda nas vendas do rap. Em 2020, o género representava 30% do mercado musical norte-americano; em 2025, desceu para 25%. A ausência de lançamentos de Drake — cujo aguardado álbum “Iceman” ainda não viu a luz do dia — e o hiato de Kendrick Lamar, após uma longa digressão mundial, também contribuíram para esta travagem.

Domínio pop no topo da tabela

Atualmente, o top 3 da Billboard Hot 100 é liderado por Taylor Swift, com “The Fate of Ophelia”, que integra o novo álbum “The Life of a Showgirl”, responsável por colocar as 12 faixas do disco no top.
Segue-se “Golden”, do fenómeno K-Pop Demon Hunters, e “Ordinary”, de Alex Warren, que fecha o pódio.

Apesar da quebra momentânea, os especialistas acreditam que o rap voltará em força — bastará um novo lançamento de um dos seus gigantes para restaurar o equilíbrio nas tabelas. Afinal, três décadas e meia de história não se apagam de um dia para o outro.

Escrito por Cordeiro


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